Uma transmissão ao vivo organizada por investidores da criptomoeda-meme REAU (Vira-lata Finance), arrecadou pouco mais de R$ 18 mil em doações para um abrigo de Manaus que cuida de cerca de 300 animais.
Durante a live, a ativista Tânia Mussa, responsável pelo abrigo, expôs de forma emocionada as dificuldades que vem enfrentando para manter o projeto em funcionamento.
“Tenho oito empréstimos, não tenho como conseguir mais. Você vai pedindo de um e de outro e isso vai virando uma bola de neve. Hoje, meus animais ainda não comeram”, declarou Tânia visivelmente emocionada.
Saiba mais sobre o abrigo
Dona Tânia já atua no resgaste de animais pelas ruas de Manaus há mais de 15 anos. Atualmente, ela é responsável por 281 cães divididos entre o abrigo e a sua casa, além de 34 gatos, sendo que 30 deles estão alocados em lares temporários.
“O que me move é o amor. Estou cansada, meu telefone não para de tocar, recebo a todo momento pedidos para resgatar animais”, admitiu ela, que confessou também já ter pensado em fechar o abrigo.
O relato comoveu os cerca de 400 participantes da transmissão, todos investidores da criptomoeda, que passaram a ajudar a cuidadora.
Até o momento, REAU já levantou cerca de R$ 120 mil para 20 diferentes instituições de animais através do projeto “Hora da Ração” e do Fundo de Caridade da Vira-lata Finance, que já conta com 60 mil investidores.
Estratégia de doações
A estratégia é chamar a atenção dos investidores através da impacto da causa social, movimentando a utilização da moeda através da plataforma. Quanto maior a movimentação, maior a valorização, o que atrairia ainda mais investidores.
João Cascaes, coordenador do Setor Social da criptomoeda, falou um pouco sobre a iniciativa, que julgou ser um divisor de águas no mercado.
“É o primeiro projeto de criptomoeda brasileira a empregar esse tipo de finança descentralizada. A ideia é fazer com que a pessoa, ao comprar com o REAU, esteja ajudando a causa animal. Isso irá aumentar a aplicabilidade da moeda e estabilizá-la num patamar bem menos volátil”, afirmou Cascaes.
Rodrigo Pereira, economista, consultor financeiro e holder da REAU, ressalta que investir na criptmoeda é também investir na manutenção de entidades que trabalham para a proteção dos animais.
“A plataforma vai unir os usuários e parceiros do projeto e, de toda transação que for feita naquele local com a nossa moeda, uma parte será automaticamente trazida para o fundo de doação. O ecossistema de parceiros vai tornar o negócio aplicável. Se você é um criador, e sabe que tal petshop aceita o REAU, e que ao fazer compras por meio dessa moeda você automaticamente estará doando para uma instituição de proteção aos animais, você escolhe esse petshop para comprar, e não outro. E assim, a moeda vai sendo mais aplicada e se valorizando mais”, afirmou Rodrigo.
A Vira-lata Finance vem trabalhando para lançar uma ferramenta de pagamentos chamada REAU Pay, que tem previsão de lançamento no meio desse ano.
O também investidor criptoativo Emerson Queiroz comentou a iniciativa.
“De modo geral, o que me faz optar por uma moeda são os projetos associados a ela. O reau, por exemplo, tem projetos audaciosos em relação a sua usabilidade. A partir disso, uma rede de comerciantes poderá passar a aceitar o reau como meio de pagamento, tais como clínicas veterinárias, petshop e toda cadeia de produtos e serviços poderão adotar a mesma prática”, afirmou Emerson, que também investe em Bitcoin, Ethereum, ADA e até na Dogecoin, “concorrente” da criptomoeda do vira-lata caramelo.
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